quarta-feira, 6 de março de 2013

O Servo de Deus

Por Zilnelle Vieira Damasceno Barreto

Papa Bento XVI
Com profunda serenidade de espírito, conservando grande afeto com que sempre amou a Santa Igreja, e com imensa caridade pastoral, o Papa Bento XVI (Papa Emérito) deixou a Cátedra de São Pedro, numa decisão histórica que surpreendeu a muitos. Depois de quase 08 (oito) anos de pontificado com fidelidade à oração e esforço ecumênico, o líder da Igreja de Jesus Cristo renunciou de modo livre e devidamente justificado.

Meditando brevemente sobre algumas vias para chegar à consciência de Deus, o Pontífice, quando da proclamação do Ano da Fé (11/10/2012 a 24/11/2013), escreveu (citação ora conveniente à legitimidade e dignidade de sua intrepidez): ... “a iniciativa de Deus antecede sempre à iniciativa do homem e também, no caminho para Ele, é Ele primeiro que nos ilumina, nos orienta  e  nos guia, respeitando sempre a nossa liberdade”. Acrescenta, citando Santo Agostinho: “Não somos nós a possuir a Verdade depois de tê-la procurado, mas é a Verdade que nos procura e nos possui”.

A Santa Igreja de Deus agradece por este corajoso e extraordinário Papa em proclamar a Verdade e a união entre fé e razão. O seu zelo apostólico nos revelou uma fé forte e constante, fazendo-se tudo por todos.

"Ao fazer um balanço de seus oito anos de pontificado, Bento XVI disse: "o Senhor nos deu muitos dias de sol e ligeira brisa, dias nos quais a pesca foi abundante; mas também nos deu momentos nos quais as águas estiveram muito agitadas e o vento contrário, como em toda a história da Igreja, e no qual o Senhor parecia dormir".

E continuou: “Amar a Igreja significa também ter a coragem de fazer escolhas difíceis, dolorosas, tendo sempre presente o bem da Igreja, e não o de nós próprios. E concluiu com firmeza: Jamais abandonarei a Cruz, o meu Senhor Crucificado”.

Pronunciamento de Zilnelle Vieira Damasceno Barreto na Ordem do Dia - Plenária do Rotary Club do Crato, em 28/02/2013