Segundo os meios de
comunicações do Ceará, especialmente, sites do Sul do Estado do Ceará, têm
divulgado que o Ministério Público Federal no Ceará (MPF), em
ação própria está processando médicos peritos e outras pessoas do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) aqui no Cariri. Esses cidadãos e cidadãs são acusados de
não cumpriam integralmente a jornada de trabalho conforme foram contratados.
A mídia em sua
manchete e textos já levaram os nomes dessas pessoas a execração
pública e os condenaram, quando os chamam de “bandidos” antes
dos acusados serem julgadas e condenadas pela justiça.
A mídia deve se limitar a informar sem sofisma, sem fantasia e sem sensacionalismo, para
não induzir ao público que os acusados já são bandidos ou condená-los perante a
opinião pública, pois de acordo com as leis brasileiras, todo acusado tem
amplo direito de defesa e, até prova contrária e julgado e condenado pelo
poder judiciário, é considerado inocente.
Aqui
cabe a Reflexão:
É justo que pessoas de
boa índole, com mais de dez, quinze e vinte anos de conhecido e meritório
trabalho médico prestado durante anos em diversos locais públicos e privados
por mera carga horária supostamente não cumprida em uma instituição de
trabalho, sejam execradas e condenadas pela mídia antes da ampla defesa, para depois serem julgadas e
condenadas ou absorvidos na forma da lei brasileira?
É justo que uma pessoa,
já condenada pela justiça, por ter assassinado seu próprio pai por dinheiro,
depois condenado e apenado há mais de trinta anos de reclusão, mas ao fim da leitura
de sua sentença pelo Juiz presidente do Júri o condenado, deixa o tribunal
sorrindo porque já sabe que vai cumprir a pena em liberdade?
É justo que um indivíduo julgado e condenado pela justiça a quase 40 anos de prisão por
corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, entre outros crimes, ao
invés de está cumprindo a sentença preso, vive ao desfrute em praia paradisíaca
do litoral brasileiro, com permissão para transitar dentro do território
nacional?
Por que sobre esses casos absurdos a mídia não divulga com a
mesma ênfase, como costuma fazer com os simplesmente acusados? Não, nos casos
julgados a mídia publica pequenas notas e fica silente, quando deveria insistentemente cobrar o cumprimento
da lei.
Parece até que a nossa
lei tem dois pesos e duas medidas?
Que País é este?