Por Zilnelle Vieira Damasceno Barreto
Papa Bento XVI |
Com profunda serenidade
de espírito, conservando grande afeto com que sempre amou a Santa Igreja, e com
imensa caridade pastoral, o Papa Bento XVI (Papa Emérito) deixou a Cátedra de
São Pedro, numa decisão histórica que surpreendeu a muitos. Depois de quase 08
(oito) anos de pontificado com fidelidade à oração e esforço ecumênico, o líder
da Igreja de Jesus Cristo renunciou de modo livre e devidamente justificado.
Meditando brevemente sobre algumas vias para chegar à consciência de Deus, o
Pontífice, quando da proclamação do Ano
da Fé (11/10/2012 a 24/11/2013),
escreveu (citação ora conveniente à legitimidade e dignidade de sua intrepidez):
... “a iniciativa de Deus antecede sempre à iniciativa do homem e também, no
caminho para Ele, é Ele primeiro que nos ilumina, nos orienta e nos
guia, respeitando sempre a nossa liberdade”. Acrescenta, citando Santo Agostinho: “Não somos nós a possuir a
Verdade depois de tê-la procurado, mas é a Verdade que nos procura e nos
possui”.
A Santa Igreja de Deus agradece por este corajoso e extraordinário Papa em proclamar a Verdade
e a união entre fé e razão. O seu zelo apostólico nos revelou uma fé forte e
constante, fazendo-se tudo por todos.
"Ao
fazer um balanço de seus oito anos de pontificado, Bento XVI disse: "o Senhor nos deu muitos dias de sol e
ligeira brisa, dias nos quais a pesca foi abundante; mas também nos deu momentos
nos quais as águas estiveram muito agitadas e o vento contrário, como em toda a
história da Igreja, e no qual o Senhor parecia dormir".
E continuou: “Amar a Igreja significa também ter a coragem de fazer
escolhas difíceis, dolorosas, tendo sempre presente o bem da Igreja, e não o de
nós próprios. E concluiu com firmeza: Jamais
abandonarei a Cruz, o meu Senhor Crucificado”.
Pronunciamento de Zilnelle Vieira Damasceno Barreto na Ordem do Dia - Plenária do Rotary Club do Crato, em
28/02/2013
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