Participávamos eu e Magali de uma Reunião Festiva do Rotary Clube de Mauriti, por ocasião da visita do Governador do Rotary do Distrito 4490, o saudoso companheiro Agerson Tabosa, em setembro de 1984. Ao final da reunião, foram apresentados aos convidados diversos números artísticos de jovens da comunidade local. O que mais nos marcou foi a apresentação de um jovem mímico. O número por ele apresentado representava um faxineiro limpando uma fictícia parede de vidro, com uma perfeição tão grande, que parecia real.
Após a apresentação, o presidente do Rotary Clube de Mauriti apresentou aquele jovem artista ao Professor Agerson Tabosa, solicitando que o Rotary interferisse para conseguir uma Bolsa de Estudos na França para que aquele jovem artista tivesse um aperfeiçoamento. E o governador simplesmente respondeu que ele me procurasse na Coelce, em Juazeiro. A principio, pensei que fosse me dar algumas instruções sobre o andamento daquele merecido pleito. Mas ele voltou para Fortaleza sem nada me orientar.
Dois ou três dias depois, quatro jovens de Mauriti me procuraram na Coelce. Um deles era o mímico. Tentei um contato telefônico com o companheiro Agerson, sem obter êxito. Então dei a eles o telefone do Governador do Rotary e que o procurassem em Fortaleza. A coisa ficou mais difícil, pois eles desejavam ir os quatro para Fortaleza, não tinham a passagem e nem dinheiro para tal viagem. Alguém sugeriu uma apresentação dele em Juazeiro, mas eu não sabia como fazer isso. Então me lembrei de Divani Cabral, contei toda essa história a ela e pedi que os recebesse, pois eles gostariam de fazer uma apresentação no Crato. Para minha surpresa, na volta para casa na noite daquele mesmo dia, ao passar pelo Teatro Rachel de Queiroz vi uma movimentação de pessoas e alguns cartazes anunciando o espetáculo. Se não me engano houve duas ou três apresentações que infelizmente não pude assistir por conta do meu trabalho à noite.
Em janeiro de 1990, fui transferido para Fortaleza. Aqui, pela televisão víamos os anúncios dos espetáculos de humor com novos artistas que surgiam àquela época: Meirinha, Rossicléa; Adamastor Pitaco, Falcão, Lailtinho Brega e um certo Zé Modesto, que eu imaginava ser aquele mímico de Mauriti. Mas somente, quando ele fez parte da "Escolinha do Professor Raimundo" é que fiquei sabendo que o personagem "Zé Modesto" era uma criação de João Neto, o mímico, para quem eu não pude dar uma ajuda mais substancial. Jamais soube se ele conseguiu a bolsa de estudo que sonhava. Mas em todo caso foi mais um cearense vitorioso.
Por Carlos Eduardo Esmeraldo
Após a apresentação, o presidente do Rotary Clube de Mauriti apresentou aquele jovem artista ao Professor Agerson Tabosa, solicitando que o Rotary interferisse para conseguir uma Bolsa de Estudos na França para que aquele jovem artista tivesse um aperfeiçoamento. E o governador simplesmente respondeu que ele me procurasse na Coelce, em Juazeiro. A principio, pensei que fosse me dar algumas instruções sobre o andamento daquele merecido pleito. Mas ele voltou para Fortaleza sem nada me orientar.
Dois ou três dias depois, quatro jovens de Mauriti me procuraram na Coelce. Um deles era o mímico. Tentei um contato telefônico com o companheiro Agerson, sem obter êxito. Então dei a eles o telefone do Governador do Rotary e que o procurassem em Fortaleza. A coisa ficou mais difícil, pois eles desejavam ir os quatro para Fortaleza, não tinham a passagem e nem dinheiro para tal viagem. Alguém sugeriu uma apresentação dele em Juazeiro, mas eu não sabia como fazer isso. Então me lembrei de Divani Cabral, contei toda essa história a ela e pedi que os recebesse, pois eles gostariam de fazer uma apresentação no Crato. Para minha surpresa, na volta para casa na noite daquele mesmo dia, ao passar pelo Teatro Rachel de Queiroz vi uma movimentação de pessoas e alguns cartazes anunciando o espetáculo. Se não me engano houve duas ou três apresentações que infelizmente não pude assistir por conta do meu trabalho à noite.
Em janeiro de 1990, fui transferido para Fortaleza. Aqui, pela televisão víamos os anúncios dos espetáculos de humor com novos artistas que surgiam àquela época: Meirinha, Rossicléa; Adamastor Pitaco, Falcão, Lailtinho Brega e um certo Zé Modesto, que eu imaginava ser aquele mímico de Mauriti. Mas somente, quando ele fez parte da "Escolinha do Professor Raimundo" é que fiquei sabendo que o personagem "Zé Modesto" era uma criação de João Neto, o mímico, para quem eu não pude dar uma ajuda mais substancial. Jamais soube se ele conseguiu a bolsa de estudo que sonhava. Mas em todo caso foi mais um cearense vitorioso.
Por Carlos Eduardo Esmeraldo