segunda-feira, 2 de agosto de 2010

21 anos da morte do cantor Luiz Gonzaga

Os 21 anos da morte do cantor Luiz Gonzaga estão sendo lembrados hoje. Foi no dia 2 de agosto de 1989, que o Brasil perdeu Luiz Gonzaga, um dos maiores artistas do país e o mais legítimo músico do Nordeste.
Luiz Gonzaga nasceu na fazenda Caiçara, no sopé da Serra de Araripe, na zona rural de Exu, sertão de Pernambuco (município vizinho ao Crato no Ceará). O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé de Serra", uma de suas primeiras composições. Seu pai, Januário, trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão (também consertava o instrumento).

Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-lo. Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira. (Fonte Wikipedia)

Museu de Gonzagão está quase abandonado

Numa das entradas da cidade de Exu fica localizado o Parque Aza Branca (escreve-se com z, mantendo a grafia original), marco maior do acervo cultural e histórico de Luiz Gonzaga. Lá estão localizados o Museu do Gonzagão com mais de 500 peças pertencentes ao Rei do Baião, as casas de Januário (pai de Luiz Gonzaga) e a de Gonzaga, no tempo em que o cantor voltou a morar no sertão – o destaque dos lugares se dá pela preservação dos móveis e objetos originais usados pelos dois – e o Mausoléu do Gonzagão – onde estão os restos mortais da família.

Mais adiante, na pequena Vila do Araripe, a 12 quilômetros do centro, está a capela de São João Batista (onde Gonzaga foi batizado), a Casa Grande, a primeira da região e hoje museu de Bárbara de Alencar (a revolucionária de 1817) , e um monumento em pedra, representando a casa de barro onde Gonzagão nasceu.
Escreveu Armando Rafael (Fonte: http://blogdocrato.blogspot.com/)


Nota da redação: Luiz Gonzada era um amigo do Crato e da região Cariri – Gravou músicas que enaltecem a cidade do Crato e a região Cariri. Abaixo transcrevemos a letra de duas dessas músicas.

Eu Vou Pro Crato
Luíz Gonzaga

Eu vou pro Crato
Vou matar minha saudade
Ver minha morena
Reviver nossa amizade
Eu vou pro Crato
Tomar banho na nascente
Na subida do Lameiro
Tomo uns trago de aguardente
Eu vou pro Crato
Comer arroz com pequi
Feijão com rapadura
Farinha do Cariri
Eu vou pro Crato
Vou matar minha saudade
Ver minha morena
Reviver nossa amizade
Eu vou pro Crato
Pois a coisa melhorou
A luz de Paulo Afonso
O Cariri valorizou
Eu vou pro Crato
Já não fico mais aqui
Cratinho de açucar
Coração do Cariri
Eu vou pro Crato
Vou matar minha saudade
Ver minha morena
Reviver nossa amizade
Eu vou pro Crato
Vou pra casa de seu Pedro
Seu Felício é velho macho
Tô com Pedro, tô sem medo
Eu vou pro Crato
Vou viver no Cariri
Cratinho de açucar
Tijolo de buriti


Último Pau de Arara
Luíz Gonzaga

Composição: Venâncio / Corumba / J.Guimarâes
A vida aqui só é ruim
Quando não chove no chão
Mas se chover dá de tudo
Fartura tem de montão
Tomara que chova logo
Tomara meu Deus tomara
Só deixo o meu cariri
No último pau-de-arara (bis)
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocalho
Pendurado no pescoço
Eu vou ficando por aqui
Que deus do céu me ajude
Quem sai da terra natal
Em outros cantos não para
Só deixo o meu cariri
No último pau-de-arara (bis)