Reflexão sobre a Instrução Rotária.
Vale a pena ser Rotariano?
Pertencer ao Rotary significa assumir compromissos especiais.
Embora pareça banal, simples e até inusitada, essa pergunta tem objetivos específicos determinados:
- provocar uma auto-reflexão e a conseqüente avaliação das razões, pelas quais, fomos escolhidos e integrados a este extraordinário movimento rotariano internacional;
- procurar identificar que virtudes nos credenciaram para merecermos esta honrosa oportunidade de colocarmos o vigor de nosso ideal a serviço da humanidade;
- procurar descobrir se somos, realmente, merecedores de integrar este movimento nacional e internacional que se propõe lutar pela conquista de uma humanidade mais feliz, libertada das mazelas e das injustiças, provocadas pela falta de sensibilidade humana dos diferentes e dos acomodados.
Esmiuçando o tema ora proposto, chegaremos, com certeza, à afirmação positiva de que, realmente, “Vale a pena ser rotariano”.
Para sustentar o apoio e justificar esta afirmação positiva, é importante lembrar, primeiramente, que ninguém vem ao Rotary por si só; que o sócio não se escolhe, é escolhido; que as normas rotarianas assim o exigem; que é necessário, em síntese, um convite, a comprovação de suas virtudes e qualidades; o reconhecimento de sua conduta moral e profissional, a confiança em sua capacidade e honradez e, ainda, ao final de todas as investigações, a votação e aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos companheiros do clube rotário.
O idealismo do servir, portanto, podemos afirmar que só o processo da nossa escolha, por si só, já desautoriza qualquer resposta negativa à pergunta ora formulada.
Sim, meus companheiros, repito: - Vale a pena ser rotariano.
Porque ser rotariano é ser idealista. É usar a profissão, qualquer que seja, com nobreza de espírito. É desempenhar, com altivez, as tarefas que lhe são confiadas. É colocar a sua inteligência e a sua capacidade de trabalho na realização das tarefas que ajudem a engrandecer a sua comunidade em todos os setores da vida social. Entre elas a educação, saúde e segurança. É assumir o verdadeiro compromisso cristão de amor ao próximo. É lutar pela prática vitoriosa da boa vontade entre os povos de todas as nações.
É saber que o Rotary é a experiência de homens de diferentes opiniões e de diferentes nacionalidades, unidos em companheirismo onde quer que se encontrem. De homens descobrindo as suas responsabilidades de uns para com os outros, ponde-se em ação com um elevado propósito: Servir.
Mas, vamos adiante. Em face do que já expus, penso que não existe razão plausível que justifique a declinação da honrosa missão de servir que é confiada ao companheiro nem de deixar de cumprir o nobre dever rotário de “Dar de si sem pensar em si”.
Que não existe razão plausível para o desprezo das grandes oportunidades de abraçarmos como membros integrantes desta grandiosa família a luta pela construção de um mundo de paz, fraternidade e justiça, nos moldes da respeitada filosofia rataria.
Se o companheiro foi escolhido e convocado, reafirmo. É por que teve reconhecida a sua capacidade. É porque seus ideais éticos e profissionais foram considerados capazes de prestar bons serviços à comunidade.
Então companheiros, que a honra maior pode merecer um cidadão, do que a de ser convocado, pelos seus méritos, para tão nobre e grandiosas tarefas? Que melhor prova de amizade e respeito, consideração e confiança pode um companheiro merecer?
Apresentadas, em síntese, as razões pelas quais sustento a afirmação de que “vale a pena ser rotariano”, quero aproveitar esta oportunidade para, nesta última parte desta reflexão, manifestar as minhas considerações sobre um problema que vem transtornando seriamente a vida de alguns clubes.
Creio que ficou sobejamente provado, que é uma honra ser rotariano.
Vale, portanto, acrescentar agora que essa honra só se completa coma certeza de que o companheiro honrará, também, os seus compromissos de fidelidade ao clube.
Devo enfatizar que as colocações sobre o tema até agora apresentadas, têm o objetivo especifico não só de provar que “Vale a pena ser rotariano”, mas, também, o propósito especialíssimo de alertar os companheiros para o dever irrecusável de se integrarem numa luta constante, visando evitar o constrangedor e indesejável desligamento de muitos dos nossos estimados companheiros dos quadros dos nossos clubes. Este, repito, é o objetivo especialíssimo da minha reflexão. Conscientizar os rotarianos, de que por tudo o que já foi dito, temos o dever indeclinável de oferecer dedicação e fidelidade aos nossos companheiros e ao Rotary para anular a ocorrência desagradável da evasão, que, em alguns casos, põe em risco até a sobrevivência do próprio clube.
Creio que é oportuno, a esta altura, como sustentação das minhas colocações, lembrar as palavras sábias de um eminente clérigo que assim se referiu ao fundador da nossa organização:
“Paul Harris descobriu, ou melhor ainda, redescobriu, algo que a humanidade tem desprezado: o valor da amizade desinteressada como meio mais essencial de unir os servidores de Deus, para a sua melhor compreensão nesta vida humana”
Repito, aqui, ainda, as palavras de um ex-presidente do Rotary Internacional: “Cada Rotary Club com sua força centrípeta traz ao círculo dos homens mais capazes e de maior sucesso, os líderes mais proeminentes de cada atividade digna e útil a cada comunidade e, portanto, do mundo todo. Logicamente, esse grupo gera idéias significativas, nascidas do companheirismo e do debate”.
Reconheço que para assegurar a integração duradoura dos nossos companheiros ao clube é necessária uma verdadeira conscientização rotária, principalmente dos novos companheiros, para que se certifiquem de que, realmente, “Vale a pena ser rotariano”.
Ficamos extremamente entristecidos quando constatamos que alguns companheiros entram e se desligam do Rotary sem sequer se darem conta da honra que lhes foi concedida de integrarem uma organização cujo objetivo é dar consciência à grande verdade rotária de que “Mais se beneficia quem melhor serve”.
Creio que a instrução rotária, por exemplo, seria uma das formas mais eficientes de incutir no novo companheiro uma verdadeira conscientização rotária, capaz de consolidar sua presença definitiva no quadro de associados.
Creio que é básico e necessário que ele conheça e seja motivado para gostar, pois como todos nós sabemos é difícil, se não impossível, amar o que não se conhece.
Quero deixar aqui um respeitoso apelo: apaguemos todas as divergências, os conflitos de qualquer natureza e envidemos todos os esforços conseguirmos a reintegração ao clube daqueles companheiros que se desligaram. Que eles descubram que “Vale a pena ser rotariano”.
Ao finalizar renovo a minha pergunta inicial - Afinal, Vale a pena ser rotariano? A melhor resposta vem nas palavras sábias do iluminado poeta lusitano Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
Crato, 04 de agosto de 2011.
Maria Leomar Vieira Borges.
Sócia do Rotary Club de de Crato - Distrito 4490.
Palestra proferida na Ordem do Dia da Plenária do Rotary Club de Crato.
Vale a pena ser Rotariano?
Pertencer ao Rotary significa assumir compromissos especiais.
Embora pareça banal, simples e até inusitada, essa pergunta tem objetivos específicos determinados:
- provocar uma auto-reflexão e a conseqüente avaliação das razões, pelas quais, fomos escolhidos e integrados a este extraordinário movimento rotariano internacional;
- procurar identificar que virtudes nos credenciaram para merecermos esta honrosa oportunidade de colocarmos o vigor de nosso ideal a serviço da humanidade;
- procurar descobrir se somos, realmente, merecedores de integrar este movimento nacional e internacional que se propõe lutar pela conquista de uma humanidade mais feliz, libertada das mazelas e das injustiças, provocadas pela falta de sensibilidade humana dos diferentes e dos acomodados.
Esmiuçando o tema ora proposto, chegaremos, com certeza, à afirmação positiva de que, realmente, “Vale a pena ser rotariano”.
Para sustentar o apoio e justificar esta afirmação positiva, é importante lembrar, primeiramente, que ninguém vem ao Rotary por si só; que o sócio não se escolhe, é escolhido; que as normas rotarianas assim o exigem; que é necessário, em síntese, um convite, a comprovação de suas virtudes e qualidades; o reconhecimento de sua conduta moral e profissional, a confiança em sua capacidade e honradez e, ainda, ao final de todas as investigações, a votação e aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos companheiros do clube rotário.
O idealismo do servir, portanto, podemos afirmar que só o processo da nossa escolha, por si só, já desautoriza qualquer resposta negativa à pergunta ora formulada.
Sim, meus companheiros, repito: - Vale a pena ser rotariano.
Porque ser rotariano é ser idealista. É usar a profissão, qualquer que seja, com nobreza de espírito. É desempenhar, com altivez, as tarefas que lhe são confiadas. É colocar a sua inteligência e a sua capacidade de trabalho na realização das tarefas que ajudem a engrandecer a sua comunidade em todos os setores da vida social. Entre elas a educação, saúde e segurança. É assumir o verdadeiro compromisso cristão de amor ao próximo. É lutar pela prática vitoriosa da boa vontade entre os povos de todas as nações.
É saber que o Rotary é a experiência de homens de diferentes opiniões e de diferentes nacionalidades, unidos em companheirismo onde quer que se encontrem. De homens descobrindo as suas responsabilidades de uns para com os outros, ponde-se em ação com um elevado propósito: Servir.
Mas, vamos adiante. Em face do que já expus, penso que não existe razão plausível que justifique a declinação da honrosa missão de servir que é confiada ao companheiro nem de deixar de cumprir o nobre dever rotário de “Dar de si sem pensar em si”.
Que não existe razão plausível para o desprezo das grandes oportunidades de abraçarmos como membros integrantes desta grandiosa família a luta pela construção de um mundo de paz, fraternidade e justiça, nos moldes da respeitada filosofia rataria.
Se o companheiro foi escolhido e convocado, reafirmo. É por que teve reconhecida a sua capacidade. É porque seus ideais éticos e profissionais foram considerados capazes de prestar bons serviços à comunidade.
Então companheiros, que a honra maior pode merecer um cidadão, do que a de ser convocado, pelos seus méritos, para tão nobre e grandiosas tarefas? Que melhor prova de amizade e respeito, consideração e confiança pode um companheiro merecer?
Apresentadas, em síntese, as razões pelas quais sustento a afirmação de que “vale a pena ser rotariano”, quero aproveitar esta oportunidade para, nesta última parte desta reflexão, manifestar as minhas considerações sobre um problema que vem transtornando seriamente a vida de alguns clubes.
Creio que ficou sobejamente provado, que é uma honra ser rotariano.
Vale, portanto, acrescentar agora que essa honra só se completa coma certeza de que o companheiro honrará, também, os seus compromissos de fidelidade ao clube.
Devo enfatizar que as colocações sobre o tema até agora apresentadas, têm o objetivo especifico não só de provar que “Vale a pena ser rotariano”, mas, também, o propósito especialíssimo de alertar os companheiros para o dever irrecusável de se integrarem numa luta constante, visando evitar o constrangedor e indesejável desligamento de muitos dos nossos estimados companheiros dos quadros dos nossos clubes. Este, repito, é o objetivo especialíssimo da minha reflexão. Conscientizar os rotarianos, de que por tudo o que já foi dito, temos o dever indeclinável de oferecer dedicação e fidelidade aos nossos companheiros e ao Rotary para anular a ocorrência desagradável da evasão, que, em alguns casos, põe em risco até a sobrevivência do próprio clube.
Creio que é oportuno, a esta altura, como sustentação das minhas colocações, lembrar as palavras sábias de um eminente clérigo que assim se referiu ao fundador da nossa organização:
“Paul Harris descobriu, ou melhor ainda, redescobriu, algo que a humanidade tem desprezado: o valor da amizade desinteressada como meio mais essencial de unir os servidores de Deus, para a sua melhor compreensão nesta vida humana”
Repito, aqui, ainda, as palavras de um ex-presidente do Rotary Internacional: “Cada Rotary Club com sua força centrípeta traz ao círculo dos homens mais capazes e de maior sucesso, os líderes mais proeminentes de cada atividade digna e útil a cada comunidade e, portanto, do mundo todo. Logicamente, esse grupo gera idéias significativas, nascidas do companheirismo e do debate”.
Reconheço que para assegurar a integração duradoura dos nossos companheiros ao clube é necessária uma verdadeira conscientização rotária, principalmente dos novos companheiros, para que se certifiquem de que, realmente, “Vale a pena ser rotariano”.
Ficamos extremamente entristecidos quando constatamos que alguns companheiros entram e se desligam do Rotary sem sequer se darem conta da honra que lhes foi concedida de integrarem uma organização cujo objetivo é dar consciência à grande verdade rotária de que “Mais se beneficia quem melhor serve”.
Creio que a instrução rotária, por exemplo, seria uma das formas mais eficientes de incutir no novo companheiro uma verdadeira conscientização rotária, capaz de consolidar sua presença definitiva no quadro de associados.
Creio que é básico e necessário que ele conheça e seja motivado para gostar, pois como todos nós sabemos é difícil, se não impossível, amar o que não se conhece.
Quero deixar aqui um respeitoso apelo: apaguemos todas as divergências, os conflitos de qualquer natureza e envidemos todos os esforços conseguirmos a reintegração ao clube daqueles companheiros que se desligaram. Que eles descubram que “Vale a pena ser rotariano”.
Ao finalizar renovo a minha pergunta inicial - Afinal, Vale a pena ser rotariano? A melhor resposta vem nas palavras sábias do iluminado poeta lusitano Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
Crato, 04 de agosto de 2011.
Maria Leomar Vieira Borges.
Sócia do Rotary Club de de Crato - Distrito 4490.
Palestra proferida na Ordem do Dia da Plenária do Rotary Club de Crato.