sexta-feira, 5 de março de 2010

Mostramos o pau antes de matar a cobra



Pedro Esmeraldo

O que vamos falar causa tristeza e perplexidade porque não suportamos mais as fraquezas dos políticos.

Não reagem aos insultos provocados pelos adversários, permanecem no sonambulismo desenfreado e não tomam cuidados com as mordidas das serpentes que constantemente ameaçam querendo arrebatar do Crato a maior parcela do nosso melhoramento.

Agora mesmo, estamos ameaçados num ninho de cobras jararacas que permanecem escondidas no seu território sombrio, esperando que o Crato caia, procurando com a força do seu prestígio, levar para si um comando judiciário, tirando do Crato o seu quinhão conquistado há anos com trabalho e clarividência em que pautou com orgulho as decisões jurídicas da região.

Não é do nosso agrado aceitar isso com passividade porque fomos no passado um povo lutador e obtivemos a conquista da liberdade democrática às custas do suor e sacrifício e igualamos em regime político aos grandes heróis nacionais e buscamos o desenvolvimento através do trabalho democrático e atuamos como grande centro cultural do nordeste.

Tomamos conhecimento que essas cobras venenosas vivem chacoalhando por trás dos bastidores políticos que, “só pensam em si mesmos”, desprezam as igualdades e impedem o crescimento igualitário, com manobras políticas indecorosas querendo-nos transformar em cidade dormitório.

Estamos completamente abismados diante das configurações políticas conduzidas por um corpo débil e que não reage aos estímulos sombrios e que nos leva a cair no esquecimento político e econômico. Não reagimos aos insultos provocados por pessoas estranhas e cobiçosas que nos metem medo, caminhando para a amargura quando observamos estragos feitos por pessoas desqualificadas e maledicentes.

Em tempos passados, os cratenses conduziam o município com sabedoria e coragem, reunindo todas as forças vivas em torno de si e partiam para a luta.

Todos os órgãos institucionais se organizavam e ajudavam as autoridades a saírem das dificuldades com muito esforço, formando uma só corrente, fortificavam-se com tenacidade e paciência, quebrava as arestas espinhosas que apareciam em volta do município.

Hoje os cratenses, principalmente aqueles que pertencem às instituições, fraquejam no menor obstáculo, deixam levar todo o patrimônio do Crato e constantemente somos intimidados por esses sanguessugas, que vivem sugando o sangue da nossa cidade, dizendo que é o maior em termos habitacionais.

Sempre temos batido na mesma tecla, pedindo “aos políticos sem vocação”, deixem de lado as atitudes tenebrosas e reajam, solicitando o progresso igualitário, movido por uma política austera e que dê condições de maior vida ao cidadão caririense. No final de constas aprenderemos a conduzir e favoreceremos andar num caminho reto com tecnologia avançada, procurando dar melhores condições de vida aos cidadãos da terra.

Também pedimos aos “cobrinhas” (alguns vereadores) que só se lembram do Crato em época eleitoral procurem dar união a fim de buscarmos paz, trazendo eficiência na educação e no trabalho.

Crato, 05 de março de 2010.
Artigo: Pedro Esmeraldo
Foto: Dihelson Mendonça