Amarílio Carvalho Nobre (foto reprodução) |
Com tristeza registramos que Amarílio Carvalho Nobre faleceu aos 91 anos de idade nessa cidade de Crato, Estado do Ceará, no dia 25 de novembro de 2013.
Amarílio nasceu em Crato aos 16 dias do mês julho do ano 1922. Era filho de Clóvis Carvalho e Virgínia Nobre de Carvalho. Estudou até o curso primário (atual ensino fundamental) no Grupo Escolar do Crato, atual Escola de 1º Grau Dom Quintino. Amarílio deixou de ir a escola ainda na adolescência, mas descobriu que o homem inteligente aprende com sofrimento próprios e alheios. Mesmo tendo estudado pouco nos bancos escolares ele apaixonou-se pelo jornalismo, tendo seus artigos destacados em jornais do Sul do País.
As manifestações culturais foram as suas principais fontes de alegrias. Como integrante e um dos fundadores do Grupo Teatral de Amadores Cratenses, fundado no ano 1942. Amarílio confessava que ali foi uma verdadeira sala de aula. Onde aprendeu valores que, usava como exemplos.
Dentre suas atividades profissionais que exerceu consta a de operador de cinema, era quem pintava os cartazes de publicidades dos filmes a serem exibidos, trabalhou na cabine do Cine Cassino. Exerceu, a profissão de tipógrafo na Tipografia Imperial, passou pelas oficinas da Gazeta do Cariri, Jornal Ação, Tipografia e Papelaria Cariri. Foi um grande conhecer das produções musicais e cinematográficas, nacionais e internacionais, também, era revisor de publicações de revista jornais e livros, escritor e Acadêmico do Instituto Cultural do Cariri, também foi Juiz de Futebol e Secretário Executivo por mais 60 anos do Crato Tênis Clube.
As paixões de Amarílio eram literatura de cordel, cinema, teatro futebol e música. Era fã de Orlando Silva, Aracy de Almeida, Elvis Presley e Wanderléia. Mas a sua paixão preferida que dizia que ia lhe acompanhar até a última viagem, ao contrário do flamenguista seu irmão Almir, ele era torcedor fanático do Clube de Futebol Vasco da Gama do Rio de Janeiro.
Uma das suas reclamações era a agressão ao patrimônio histórico do Crato, que segundo ele estava sendo destruído em nome da modernidade, dizia-se decepcionado com a troca desnecessária dos nomes primitivos das ruas, pois, eles poderiam ser mantidos pelo fato de fazer parte da história do Crato; e que as novas denominações deveriam ser dadas as ruas que fossem surgindo com o crescimento urbanístico.
Amarílio dizia que a sua maior alegria foi Deus ter lhe concedido a vida e permitir vive-la com lucidez. Dizia que havia construído um patrimônio que não havia dinheiro que comprasse. O patrimônio de que falava, era seus amigos; inclusive, os homenageou em um de seus cordéis intitulado Miscelânea em Prosas e Versos: ”Amizade verdadeira/Tem suas raízes no chão/É arvore, é madeira/E adoção no coração”. Aqui externamos os nossos pêsames a família de Amarílio Carvalho Nobre.
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