Com a presença da família rotária e convidados, o Rotary Club e a Casa da Amizade de Crato, em plenária festiva homenagearam o dia das Mães, com belíssima palestra proferida pelo rotariano Hairton Carvalho. (Registro fotográfico pelo rotariano Mairton Neves).
A seguir integra do texto da palestra do Rotariano Hairton Carvalho
MENSAGEM DE SAUDAÇÃO PELO DIA DAS MÃES.
Proferida no Rotary Clube do Crato no dia 28.05.2015 em Reunião Festiva
comemorativa do Dia das Mães. Companheiro Hairton Carvalho.
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| Hairton Carvalho |
Fazer uma mensagem de saudação às mães nesta plenária festiva do Rotary Clube do Crato é uma tarefa prazerosa e sublime. Falar de mãe, em todas as circunstâncias emociona o coração e o sentimento de qualquer pessoa, na condição de filhos que somos todos nós, já que para que estejamos vivos pressupõe-se que tenhamos mãe. Mas tudo o que se disser é sempre muito pouco, frente a este manancial de bênçãos e virtudes. No mundo inteiro, todas as raças, todas as religiões, todas as gentes de todas as línguas e nações, indistintamente, curvam-se diante deste ser cheio de bondade e imensurável ternura. Nos palácios ou nas favelas, nos campos ou nas cidades, a figura da mãe resplandece, brilhando com a mesma intensidade a vocação suprema de ser a protetora de tantos quantos foi capaz de gerar.
A nossa história, a vivência de cada um de nós, homens e mulheres, evidencia desde o começo dos tempos, o valor sem medidas deste ser que foi modelado por Deus para espalhar o amor por todos os cantos da terra. O Papa Francisco faz referencia ao amor de mãe, como “a forma de amor mais próxima do amor de Deus”. Um amor dado por inteiro, sem reservas, sem interesses, sem esperar recompensas. Uma forma de amor que bem prega e simboliza o nosso ideal de Rotary: dar de si, sem pensar em si.
Deus na sua infinita bondade quando criou o mundo, criou o homem, criou a mulher e criou a mãe para unir num só gesto de amor todos os habitantes da terra. E tão importante foi a sua criação maior, a criação da figura da mãe, que Ele próprio, Deus Pai e Senhor de todas as coisas, na condição de Deus Filho, quis experimentar desta alegria de também ter uma mãe, de poder usufruir deste manancial de amor e bondade. E como todos nós, teve os primeiros gestos de carinho, os primeiros afagos, os cuidados, o zelo e a proteção daquela que foi escolhida como a mãe modelo e exemplo de amor: Maria, a mãe do nosso Salvador Jesus Cristo.
Ao longo dos tempos e da história, sábios, poetas, pensadores, teólogos, filósofos e todas as classes de pessoas de todas as gerações, enaltecem a figura angelical, pura, perfeita e quase santa das nossas mães. Humanas e pecadoras sim, mas constituídas de um poder divino de saber doar-se inteira, em forma de amor a todos os seus filhos, indistintamente.
E assim acontece com todas as espécies criadas por Deus. Todos os animais, todos os pássaros, todos os répteis, todos os peixes, todas as plantas, em todas as formas de vida, é fácil observar o desvelo, o cuidado, o amor, o carinho da mãe pelos seus filhos. E quando falamos especificamente de nós, gerados e criados à semelhança de Deus como criaturas humanas, vemos na imagem da mãe esta figura guerreira, batalhadora, abnegada, heroína, que na condição de filha e de mãe ao mesmo tempo, como pessoa única pode experimentar esta emoção de ser amor no dar e no receber.
Mãe, três letras que formam esta palavra tão pequena, mas de tão grande significado, capaz de fazer fluir a emoção, capaz de fazer sorrir e de fazer chorar, capaz de abrandar a nossa ira transformando-a em paz, compreensão, entendimento. Mas Isto só acontece pela força do Espírito de Deus já que nós, na condição de humanos somos tão ingratos que mal sabemos sentir e valorizar o amor puro, santo e confortador que emana desta figura santa e sagrada.
Quantas noites não dormidas, quantos dias intermináveis, quantas lágrimas silenciosas derramadas nos corações, por ver as dores, as dificuldades, os sofrimentos de seus filhos, às vezes distantes, às vezes doentes, às vezes entregues à sorte dos males do mundo, vítimas das drogas, vítimas das injustiças, das perseguições e, sobretudo carentes de um afeto, de um afago de mãe.
Queridas amigas, queridas mulheres, queridas Mães. Em nome de todos os companheiros do Rotary Clube do Crato, a mais sincera e emocionada saudação, neste dia em que como família rotária, comemoramos simbolicamente o dia dedicado às Mães. Na condição de humanos, não custa reconhecer a nossa pequenez de filhos, sobretudo quando não fomos capazes de compreender e reconhecer o amor infinito e desinteressado de cada uma de vocês. Quer vivas ou já nas graças de Deus, aqui presentes ou em qualquer lugar em que estejam, como Mães, nossas, ou de nossos filhos, abençoem a cada um de nós e nos perdoem pela nossa incapacidade de enxergar e valorizar o tamanho infinito do amor maternal que vem de vocês. Saibam que a nossa história, a história da vida de cada um de nós está escrita em nossas mentes e a guardamos com muito amor, o mesmo amor que recebemos de vocês em cada instante da nossa vida.
Por tudo o que há de mais sagrado, por tudo o que acontece em nossa vida, somos agradecidos de todo o amor, todo o desvelo, toda a dedicação, todo o afeto e carinho que vocês nos dedicam.
Parabéns, queridas mamães. Todas vocês são dignas das maiores homenagens. Nem as distâncias físicas, nem as distâncias emocionais porventura existentes entre vocês e seus filhos, motivadas por desentendimentos pessoais, motivadas por mágoas geradas nas coisas mal resolvidas, nada disso, nunca, jamais apaguem a chama do terno amor que todas vocês carregam dentro de si, como uma dádiva permanente de amor abnegado por todos aqueles que vocês viram nascer, crescer e tornar-se adultos, sem nunca deixar de ser as suas crianças amadas.
Que sejamos como filhos e filhas, capazes de reconhecer principalmente em vida tanta dedicação, e com toda convicção dizer a todas vocês...
“ Se eu pudesse, eu queria outra vez, mamãe, começar tudo, tudo de novo “
Coisas que ao longo da vida escutamos de nossas Mães.
01 - Minha mãe ensinou a não duvidar das coisas:
“ ME RESPONDE DE NOVO QUE E EU TE ARREBENTO OS DENTES “
02 - Minha mãe me ensinou a retidão:
“ EU TE AJEITO NEM QUE SEJA NO CHICOTE”
03 - Minha mãe me ensinou a valorizar o trabalho dela:
“ SE VOCÊ E SEU IRMÃO QUEREM SE MATAR, VÃO BRIGAR LÁ NO TERREIRO QUE EU ACABEI DE LIMPAR A CASA ”
04 - Minha mãe me ensinou lógica e hierarquia:
“ PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM E PRONTO. QUEM É QUE MANDA AQUI? “
05 - Minha mãe me ensinou o que é motivação:
“ CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU TE DAR UMA RAZÃO PARA VC CHORAR DE VERDADE “
06 - Minha mãe me ensinou a contradição:
“PARA DE CHORAR, FECHA A BOCA E COME “
07 - Minha Mãe me ensinou antecipar as coisas:
“ ESPERA SÓ ATÉ TEU PAI CHEGAR “
08 - Minha Mãe me ensinou a ter paciência:
“ CALMA!... QUANDO CHEGARMOS EM CASA VOCÊ VAI VER “
09 - Minha Mãe me ensinou a enfrentar desafios:
“ OLHE PARA MIM! SÓ ME RESPONDA QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA “
10 - Minha Mãe me ensinou sobre raciocínio lógico:
“ SE VOCÊ CAIR DESSA ÁRVORE VAI QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU TE DAR UMA SURRA “
11 - Minha Mãe me ensinou medicina:
“ DEIXE EU CHEGAR EM CASA QUE VOCÊ VAI VER O QUE É BOM PRÁ TOSSE “
12 - Minha Mãe me ensinou sobre genética:
“ VOCÊ É TEIMOZO IGUALZINHO AO SEU PAI “
13 - Minha Mãe me ensinou sobre minhas raízes:
“ TÁ PENSANDO QUE NASCEU DE FAMÍLIA RICA É? “
14 - Minha Mãe me ensinou sobre a sabedoria da idade:
“ QUANDO VOCÊ TIVER A MINHA IDADE, VOCÊ VAI ENTENDER “
15 - Minha Mãe me ensinou sobre justiça:
“ UM DIA VOCÊ TERÁ SEUS FILHOS, E EU ESPERO ELES FAÇAM PRÁ VOCÊ O MESMO QUE VOCÊ FAZ PRA MIM! AÍ VOCÊ VAI VER O QUE É BOM “
16 - Minha mãe me ensinou religião:
“ MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE “
17 - Minha mãe me ensinou a ter determinação:
“ VAI FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA A COMIDA “
18 - Minha mãe me ensinou habilidade de ventríloquo:
“ NÃO RESMUNGUE! CALE A BOCA E ME DIGA POR QUE VOCÊ FEZ ISSO? “
19 - Minha mãe me ensinou a escutar:
“ SE VOCÊ NÃO ABAIXAR O VOLUME, EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO “
20 - Minha mãe me ensinou a ter gosto pelos estudos:
“ SE EU FOR AÍ E VOCÊ NÃO TIVER TERMINADO ESSA LIÇÃO, VOCÊ JÁ SABE “
21 - Minha mãe me ajudou na coordenação motora:
“ JUNTA AGORA TODOS ESSES BRINQUEDOS UM POR UM “
22 - Minha mãe me ensinou os números:
“ VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER VOCÊ LEVA UMA SURRA: UM, DOIS, TRES... “
23 - Minha mãe me ensinou a me espelhar nos outros:
“ O FILHO DO FULANO TIROU 10 NA PROVA “
24 - Minha mãe me ensinou a não me espelhar nos outros:
“ NÃO TENHO NADA QUE VER COM O FILHO DO FULANO “
25 - Minha mãe me ensinou sempre a ouvir uma segunda opinião:
“ VÁ PEDIR A SEU PAI “
A ORIGEM DO DIA DAS MÃES.
A mais antiga comemoração do Dia das mães é mitológica. Na Grécia antiga, a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.
O próximo registro está no início do século XVII, quando a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Nesse dia, as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com as mães. Era chamado de "Mothering Day", fato que deu origem ao "mothering cake", um bolo para as mães que tornaria o dia ainda mais festivo.
Nos Estados Unidos, as primeiras sugestões em prol da criação de uma data para a celebração das mães foi dada em 1872 pela escritora Júlia Ward Howe, autora de "O Hino de Batalha da República".
Mas foi outra americana, Ana Jarvis, no Estado da Virgínia Ocidental, que iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Em 1905 Ana, filha de pastores, perdeu sua mãe e entrou em grande depressão. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a ideia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a festa fosse estendida a todas as mães, vivas ou mortas, com um dia em que todas as crianças lembrassem-se de homenagear suas mães. A ideia era fortalecer os laços familiares e o respeito pelos pais.
Durante três anos seguidos, Anna lutou para que fosse criado o Dia das Mães. A primeira celebração oficial aconteceu somente em 26 de abril de 1910, quando o governador de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock incorporou o Dia das Mães ao calendário de datas comemorativas daquele Estado. Rapidamente outros Estados Norte-Americanos aderiram à comemoração.
Finalmente, em 1914, o então Presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson (1913-1921), unificou a celebração em todos os Estados, estabelecendo que o Dia Nacional das Mães deveria ser comemorado sempre no segundo domingo de maio. A sugestão foi da própria Anna Jarvis. Em breve tempo, mais de 40 países adotaram a data.
"Não criei o dia das mães para ter lucro"
O sonho foi realizado, mas, ironicamente, o Dia das Mães se tornou uma data triste para Anna Jarvis. A popularidade do feriado fez com que a data se tornasse um dia lucrativo para os comerciantes, principalmente para os que vendiam cravos brancos, flor que simboliza a maternidade. "Não criei o dia as mães para ter lucro", disse furiosa a um repórter, em 1923. Neste mesmo ano, ela entrou com um processo para cancelar o Dia das Mães, sem sucesso.
Anna passou praticamente toda a vida lutando para que as pessoas reconhecessem a importância das Mães. Na maioria das ocasiões utilizava o próprio dinheiro para levar a causa a diante. Dizia que as pessoas não agradecem frequentemente o amor que recebem de suas Mães. "O amor de uma mãe é diariamente novo", afirmou certa vez. Anna morreu em 1948, aos 84 anos. Recebeu cartões comemorativos vindos do mundo todos, por anos seguidos, mas nunca chegou a ser mãe.
Cravos: símbolo da maternidade
Durante a primeira missa das Mães, Anna enviou 500 cravos brancos, escolhidos por ela, para a igreja de Grafton. Em um telegrama para a congregação, ela declarou que todos deveriam receber a flor. As mães, em memória do dia, deveriam ganhar dois cravos. Para Anna, a brancura do cravo simbolizava pureza, fidelidade, amor, caridade e beleza. Durante os anos, Anna enviou mais de 10 mil cravos para a igreja, com o mesmo propósito. Os cravos passaram, posteriormente, a ser comercializados.
No Brasil o primeiro Dia das Mães foi promovido pela Associação Cristã de Moços de Porto Alegre, no dia 12 de maio de 1918. Em 1932, o então presidente Getúlio Vargas oficializou a data no segundo domingo de maio. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte também no calendário oficial da Igreja Católica.
